Boca a boca


Ah esse amor que acendeu em meu peito
uma chama desmedida
que entrou sem avisar, de forma atrevida
está agora a pulsar em ardente pleito
agarrado ás minhas artérias, sem encontrar a saída

Para onde fugirei da sua boca abrasiva ?
Meu paladar se apegou ao seu
na viscosidade da saliva
O seu corpo se aninhou ao meu
destilando amor em carne viva

Das catapultas do seu olhar
são lançadas pedras cortantes como lâmina
aço afiado a me perfurar
penetra o seio da ânima

Quero ser por ti contemplada
com flores rutilantes no olhar
ter a alma alvejada
pela fresca da chuva de  pétalas
que goteja do seu mirar


 
                               


   poesia com registro de autoria
   
              http://ursulaavner.blogspot.com


Úrsula Avner
Enviado por Úrsula Avner em 21/03/2009
Reeditado em 21/03/2009
Código do texto: T1499102
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.