Com o mesmo amor, acompanhado
Noturnas as caminhadas deste que carrega o peso da separação.
Todos os lugares representam nada, não existe descanso ou acomodação.
O incômodo constante abriga-se nos dias que separam as semanas.
Os meses completam os anos que somam as angústias e a decepção.
Se não houvesse o desconhecido, o que seria sabido deixaria de ser.
As histórias que envolvem um grande amor deixariam de acontecer.
Alternadas, as desilusões, ficariam perdidas nos céus com as estrelas,
porque o que acompanha o amante, são as esperanças do amanhecer.
Sereno aquele que ama,
na solidão que não é dor,
mas sua própria companhia.
Ameno é o querer que se perde,
quando tedioso faz-se
o vazio de outro dia .
E o que está dentro parece insistir
impulsionando a necessária caminhada,
vislumbrando novas possibilidades
do mesmo amor numa nova estrada.
18h52
25/03/2009