10- Amor (Olhos).

Que há dos olhos? Destes olhares tão profundos,

ultrapassando o que é matéria.

(vislumbrando num instante um mundo além de mundo).

Novos e antigos, lá dos olhos se constitui amor (olhos além de olhos).

Os passos não tão firmes marcam o ritmo lento, passadas desajeitadas em busca do firmamento. (já a muito nem pegadas).

Que há dos olhos? Que sempre-sempre chegam antes, nunca junto.

Há que ver mistério, desvendando aos poucos minucias e gestos, de um presente amor, pulsante-sereno, austero-lúcido (translucido).

Há quem se atreve a ver com a ponta dos dedos, enxergando com clareza o que teus olhos já não podem. (é que o amor enxerga tudo).

E quando as pálpebras exaustas se entregam, dois lábios se tocam (para ver o amor além dos olhos).

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 27/03/2009
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