UMA LETRA A DOIS

Recebo de ti, minha amada, esta

bela letra, que, singelamente,

oferecer-me quiseste, deixando-a

no cimo de minha cama, para que,

de pronto, a pudesse ler.

São palavras, que encerram um grande

significado, quer para ti quer para mim.

Tu sim minha eterna musa… que

por poeta, inspiração me trazes, dia

após dia, onde canto o nosso amor,

com a mesma simplicidade, de uma flor.

Atenta bem, que, essas palavras,

que na folha foram deixadas, têm uma

pequena dualidade, pois tanto podem

ser tuas como minhas.

Aceito-as como tuas, numa linda homenagem,

à minha pessoa…

E se alguma semelhança existe, como

tendo sido eu, a escrevê-las,

é porque estamos, de tal maneira envolvidos,

que ambos nos assemelhamos, no que

temos para dizer.

Vestindo minha pele, na minha ausência,

sabendo de longe, o muito, que és para mim,

foste duas pessoas, na letra que escreveste:

tu por tua pessoa e o que és para mim,

juntando tudo o que para ti sou, por

tua excelência, enquanto Mulher, com «M»

maiúsculo…

Numa forma também, de me trazeres até

ti e não te sentires, ao momento, sozinha,

encarnando nossos dois seres.

Tua a tua letra, para mim… que o conhecimento

é mútuo. E mais ainda:

o que é teu é meu, como o que é meu, sempre foi teu.

Jorge Humberto

29/03/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 30/03/2009
Código do texto: T1513672
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.