Bebo o que dói em mim
Sem ninguém para ouvir
Sem ninguém para dedicar
Nada para planejar
Não há o que escrever
Esse sentimento vazio
Que leva meu pensamento
Que para casa
Hoje não vou voltar
Me pego ali
Me pego aqui
No esquecimento
Na metade arrancada
Na metade de adeus
Que levo para dentro
De uma garrafa num bar
Que bebo o que dói em mim
No desfecho do versejar
Brilhando nos olhos meus
No sol a raiar longe do lar