Sentimento nomeado amor

Hoje eu não quero a paixão que vinca os lençóis
que umedece a pele
Não quero a luz pretenciosa dos
faróis         
Quero luz de abajur
alguma penumbra
a suavidade da respiração profunda
Não quero o beijo abrasado que ruboriza a face
e acelera o toque
Quero a placidez do olhar contemplativo
a serenidade do fogo amortecido
Necessito do que faz pouco ruído
Quero o sentimento nomeado amor
que se edifica no tempo com labor
como o vinho esquecido na adega
do qual se extrai o melhor sabor

Não quero da paixão o encantamento passageiro
Quero o sentimento verdadeiro
Já não traspasso ondas encrespadas
prefiro a estabilidade das quedas d´agua
o sentimento que percorre praias mansas
não faz alarde

é fonte serena
pouco arde
é doação e renúncia...
Cumplicidade


poesia com registro de autoria e imagem
          retirada de pesquisa feita no Google 


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Úrsula Avner
Enviado por Úrsula Avner em 05/04/2009
Reeditado em 05/04/2009
Código do texto: T1523659
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