MINHA OVELHA DOURADA
De todas as ovelhas do rebanho
És a minha ovelha preferida
De lã volumosa e de cor dourada
Como as ovelhas de uma morada antiga.
Mesmo que nossos rebanhos
Sejam de currais diferentes
Ou distante do teu clã
Vou unir meu fio com o teu
Para formarmos um novelo de lã
Quero ser encurralado
Preso ao chão molhado
Do teu rebanho de amor
Dominado por teu carente olhar
Como um carneiro que clama por seu par:
Uma ovelha de cabelos cacheados
E pêlos eternamente dourados
Vamos juntos nos encontrar
Numa canção de amor infinito
Como dois cordeiros amantes
Que pulam a cerca a cada instante
Para se encontrarem na mesma cerca de antes
E fazerem desse amor
Um encontro de dois seres distantes:
Um de um curral ensolarado
Com o Sol por todos os lados
E a outra...
De um verde gramado
Ou de uma bela campina.
Pedro Ernesto.