O BALANÇO DA MARÉ.
O balanço da maré.
(Poetha Abilio Machado. 0204090)
O assombro no meio da noite
Os meus dentes que se encostam
Os meus dentes que rangem a fé.
O suor que escorre pelas vértebras
As unhas cravadas no lençol
A pele que se arrisca encostando à minha
...A minha...
Meus delírios soltos no ar
O grito negro que ecoa de lá
...De minhas entranhas...
...Tão tamanhas...
As notas disformes que emergem do breu
Da garganta profana quem é meu...
Os lábios... São os lábios
De néctar adocicado
Gosto de vinho e romã
Que preenche a Alma
Dos corpos que navegam sobre o colchão
Em balanços de maré
Em balanços de maré...