Quando de ti lembro,
Choro lágrimas de sangue,
derrama sobre mim, teu cálice adocicado,
deixa escorrer por entre minhas vestes teu sangue.
Sinto teu riso avançando meu ser,
desmorono-me em prazer amiúde,
Solitária em minha dor mais uma vez sou tua,
Completa entre mil belezas.
Finjo que teu corpo sufoca-me,
teus lábios envenenam-me,
sou tua, estou nua, mais uma vez...
Deitada na cama da ilusão.
Amando-te, louca, insana, irreal.
Sinto-me entre meus dedos,
tento encontrar vida, em meu corpo,
abandonado, desgraçado por não ter,
presença real, por te querer...
Estremeço em mim, sofro de cólera profunda,
confundes-me teu ser,
apodero-me de minha carne,
nada tenho em mim,
além da dor de ti querer.