ESBOÇO/LÍRICAS DE UM EVANGELHO INSANO


Onde vou
com o esboço dessas estradas?!
Calo-me
sangras as minhas margens com teu escaldo
arrebenta-me a agonia de teu húmus
os charcos dos meus ossos
deliram as pedras dos meus pés
Deixa-me respirar a manhã que fia
entre os alvéolos a minha salga
as tuas linhas espigam dolorosos silencios
enquanto vaza o sangue do rio...
Ontem haviam peixes lume e fonte!

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