Profundezas do mar
Aqui jaz uma alma perdida na vereda de teu coração, sem destino certo para ir, ou melhor, sem alguém para acompanhar-me.
A madeira fria, mas acolchoada me serve de cama e será por toda a eternidade.
Machuquei varias pessoas, ás fiz sangrar!
Mas encontrei a quem amar, me perdi em teu olhar e em teu corpo deitei-me.
A chuva veio te molhou e te sujou, mas nos sujamos juntos.
Chuva que banhou teus campos, que trouxe a vida, que fez florescer um amor, uma alma...
... Meu navio naufragado nunca mais será a casa da dor, muito menos do amor, agora o que resta nada mais é que uma moradia da solidão do esquecimento...
Minha sereia venha me salvar do frio, veja me retirar da morte.
Dei-me a tua alma para que eu possa dar-te a minha.
Vamos ao mais profundo mar nadar, vamos nos perder na escuridão sem medo de nos amar.
Minha sereia serei teu Odin, teu Netuno, não temas minha ira, não temas o meu amor.
Mas antes me resgate das profundezas desse mar.