UM PRÁ LÁ, OUTRO PRÁ CÁ

No colégio nasce a paixão

E a menina com hormônios em floração

Quer anunciar seu coração

Para o menino rapagão

Com modos tímidos de chegar

Ela pára para pensar

Fala dele com sutileza

No silêncio grita seu nome o dia inteiro

Busca mirá-lo com firmeza

Mas teme a fofoca, o gracejo

Se pudesse exprimiria tal desejo

Que lhe aflora com pureza

Gosta de vê-lo sorrir

Sua maneira de falar a seduz

Tudo o que ele diz

É uma sentença de luz

Faz planos sonhados

Tal qual a cinderela via

Alimenta-se de suspiros abafados

Certa de que vai ser dele um dia

No momento da decisão

Falta-lhe coragem segura

Para anunciar com ventura

Aquele amor refreado de emoção

Porém o menino nada sabe

Daquela ardente feição

Ao encontrá-lo a sós

Emudece, não sabe o que falar

Depois de tantos nós

Um prá lá, outro prá cá.

Tunin/.

Tunin
Enviado por Tunin em 17/04/2009
Reeditado em 19/04/2009
Código do texto: T1543847