Encantada, eu canto...

Ah, tua alma que se desnuda

Tão por completo, tão crua

Por acaso e ao mesmo tempo preciso

Em tua forma no teu jeito conciso

Eu canto...

O coração doce de criança

Uma pureza clara e profunda

É quem dita a tua dança

Que de cadências mil abunda

Esqueço o pranto...

Teus passos ainda vacilantes

Vislumbram o mundo a frente

Sonham em andar constante

Acompanham a pressa da mente

Me encanto...

Tua mão na minha mão:

Em compasso sem variantes

É destino sem senão

É força que pulsa, vibrante

E canto...

Eu canto.

Esqueço o pranto.

Me encanto.

E canto...