Solidão

Há tanta coisa ainda para escrever
Tantos versos que saem sem fim
Que já nem sei se conseguirei entender
O que o destino reserva para mim
 
São coisas minhas há muito guardadas
Reflexos do hoje e do porvir
Sentimentos, mensagens não decifradas
Palavras que falam sem eu poder ouvir
 
Palavras que não aplicam ao que se destinam
Pois se referem sem referir ao indecifrável
Riscando traços penso: a mim obstinam
Versos de um grande poema interminável
 
E há ainda tanta vida por viver
Tantos sentimentos que de mim irei esconder
Mas como poeta tentarei descrever
O que só a alma errante consegue entender
 
Há palavras em excesso
Para poucos amores
Que há de ser sem sucesso
O esconder de minhas dores
 
Há tanta solidão
Que sigo ao imaginário
Para em ti, imensidão
Deixar de ser tão solitário


Edison Barlem
Enviado por Edison Barlem em 24/04/2009
Reeditado em 24/04/2009
Código do texto: T1556891
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