Longo Não-Poema do Adeus

Vislumbro agora
A derradeira hora
De não olhar para trás,
E ir embora
Hora triste de fugir...

É hoje o dia
Desliguei agora da minha vida
Tua imagem descolorida
Que só a tela do computador presenciou.

Meu coração magoado
Permanece calado
Por estar algemado
Quem manda agora é a razão
E se assim, aprisionado
Permanecer sufocado
Morrerá ele de ante mão.

Ouvi de ti
Faz um segundo
“sentimento nobre é o que sinto”
É “amizade”... eu desminto!
E mais do que nobre,
Eu não minto!
É o real de meu amor.

Real, realeza
Histórias nobres de princesa
Que um dia vivenciei
No momento que te amei
Mas apago neste instante
Já me magoastes o bastante
Com tamanhas inseguranças.

Será que não guardas nas lembranças?
O que para mim tinhas jurado?
Quando me fez, de namorado
Teu noivo... Amante eternizado?

To indo embora, sutil.
Sigo o rumo sem lembranças
Já me desfiz das esperanças
E não levo comigo nenhum passado
Por que se tudo for somado
Fui muito mais que humilhado
Por teu sentimento infantil.

Aprende!
Com coração alheio não brincar
Pois no final podes ficar
Sem essa ilusão que te consome.

Quando a luz se apagar
Neste baile de tua vida
Até a musica findará,
E da festa, só haverá despedida
Neste vazio da sociedade.
Que pensas que encher
Mas em nada te invade.

E assim
Como o garçom que cobra a conta
Um dia sentirás, quanto foi tonta
E que este jantar te custou um sonho
De um amor que deixaste pra trás, tristonho
Mas que aprendeu a te esquecer.

Guarda teu coração
Nas coisas que são teu tesouro.
Mas não te ilude com o brilho sem vida
Do ouro falso, tela sem tinta
Só o amor nos completa...
Mesmo que penses, que não sinta
No final é sempre amor,
Não te minta!

Não brincarás mais comigo
Já nem quero ser teu amigo,
Saber que existes me sufoca.
Por isso te falo: te toca!
Longe de ti tenho que estar.

Dessa vez, realidade,
Para sempre, a eternidade.
Nem lá no céu, digo a verdade!
Esquecerei a crueldade...

Creio fizestes sem ingenuidade
Por te sentir bem à vontade
Para roubar meu coração e ir à liberdade
Viver essa ilusão festiva que te invade.

Encerro assim: tu não me iludes, mas para ti mesma mentes.
Edison Barlem
Enviado por Edison Barlem em 24/04/2009
Reeditado em 26/04/2009
Código do texto: T1557301
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