Clandestino

.

Passo a passo, sorrateiro

Cruzaste o meu destino

Com teu coração-menino

Cantou teus versos, primeiro

.

Com versos, pulaste o muro

E penetraste em território alheio

Sem nenhum medo, sem receio

Fincaste bandeira, porto seguro

.

E eu, mesmo temendo o escuro

Abri minha guarda...Sem restrição

Os muros... todos...demolição...

.

Com versos, mudaste meu destino

Invadiste meu peito: tu, clandestino

Em território alheio; meu coração...

.

(Lena Ferreira)