Fome que alimenta a alma

Amor verdadeiro, puro e forte como a morte que nem todas as águas do mundo poderiam conter,

Existe em algum lugar!

Não quero beijos de bocas sem alma, corpos sem alma

Prefiro não ser tão moderna, não quero ser tão...tão...descolada,

Colo-me!

Quero romance de filme antigo, frio na barriga, borboletas no estômago, suspiros de saudade e uma eterna primavera em todas as estações!

Quero um homem só....só um....

Que eu possa chamar de Amor sem ter que explicar porquê

Amor, meu grande amor!

Quero abraços demorados, beijos de esquimó e apelidos toscos no café da manhã: gut gut, amorinho, paixãozinha, vidinha e demais diminutivos afins...

Quero filhos correndo pela casa, risos ecoando na varanda e viagem de férias nas férias!

Quero envelhecer junto, dispenso a liberdade da solidão e seus banquetes,

Com o tempo eles perdem o sabor, causam indigestão e na insônia de noites singulares, restam apenas lembranças no plural!

Prefiro uma dieta restrita, à base de fome de amor eterno!

Fome que alimenta a alma e lampeja vida nos olhos!