Mares solidão e o Netuno rei.

Autor; Daniel Fiúza

03/05/2009

Um destino precoce me convence

A navegar no mar que te pertence

Aportando sutil na tua bela enseada

Exótico porto onde a musa é amada.

Liberto-te da torre negra opressora

Sou teu guia a tua coluna protetora

Os cães notívagos ladram invejosos

Com seus bafos putrefatos e jocosos.

Importa-me apenas teu vivo esplendor

O magnífico que a bruma me mostrou

Transcendendo dos olhos da pequena

Cura da minha paixão a tua verbena.

Arcaico legado que chega do além mar

Em falsas preces malditas ao teu altar

Mesquinharia diante da minha grandeza

Espumas dissipadas na minha fortaleza.

Sou a nau que navega nesse teu oceano

Singro os teus mistérios e não me engano

Amando-te no remanso ou na tua procela

Te beijo muito despertando a Cinderela.

Esqueça tudo que o antigo canto, canta,

O meu poder é bem maior e se agiganta

Os teus mares nunca dantes navegados

São caminhos por mim agora explorados.

Levo-te ao paraíso no sal dos meus beijos

Possuo tua vontade tormentas de desejos,

Joga-te nos meus braços molhada sedução

Sou Netuno rei, a vida sensual da tua paixão.