Espera
Esperando-te,grande amor meu, revejo os momentos
Da minha adolescência agora muito longe, quando
Eu ficava, como atualmente, te aguardando nesta praça
Mas sem no entanto ter a certeza se tu virias ou não.
E muitas vezes ficar deste modo, tranqüilo, advertindo-me
Ao longo de centenas de milhares de poemas pensando
Que tu estás como as águas do riacho sempre se renovando
Para alegrar-me todos os dias de nossas vidas.
Logo logo virás, cáustica e loira, linda e maravilhosa a me olhar
Como uma púbere chama pioneira deste nosso imenso amor
Do fogo a se alastrar entre mim e ti para saudar a alegria
E da cama, onde em ti me absolvo, feito um cão sem dono
Tu te levantarás como o presságio de uma velha aventureira
De uma dama negra a vir depois do nosso anoitecer de lua cheia.