Espera

Esperando-te,grande amor meu, revejo os momentos

Da minha adolescência agora muito longe, quando

Eu ficava, como atualmente, te aguardando nesta praça

Mas sem no entanto ter a certeza se tu virias ou não.

E muitas vezes ficar deste modo, tranqüilo, advertindo-me

Ao longo de centenas de milhares de poemas pensando

Que tu estás como as águas do riacho sempre se renovando

Para alegrar-me todos os dias de nossas vidas.

Logo logo virás, cáustica e loira, linda e maravilhosa a me olhar

Como uma púbere chama pioneira deste nosso imenso amor

Do fogo a se alastrar entre mim e ti para saudar a alegria

E da cama, onde em ti me absolvo, feito um cão sem dono

Tu te levantarás como o presságio de uma velha aventureira

De uma dama negra a vir depois do nosso anoitecer de lua cheia.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 18/05/2006
Reeditado em 19/05/2006
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