A cruz que me cavou
Ajoelhaste sobre o meu túmulo,
Sobre a quimera que me restou,
Derramaste suas lágrimas imundas,
Pois em vida, nunca me amou,
Agora se castiga, se lamenta,
Ao ver a cruz que me cavou,
Coloca tuas mãos nogentas,
Nas flores que aqui plantou.
Afasta-te daqui ser sem coração,
Já levaste tudo que eu sonhei,
Em vida tiraste toda a minha ilusão,
Foste tudo que um dia eu mais amei.