Amor, sublime amor

Não, não é tua boca que vai curar minha dor

Alojada no meu mais profundo dos labirintos

Nem tua outra parte da carne que vibra

Enlouquecida pelas feridas desta vida

E queima no desejo latente do corpo

À procura das delícias sem malícias

Não será o toque de carícia de tuas mãos

Que irá diminuir o fulgor de meu coração

Nem o saciar em gozo do desejo em febre

Que me invade, fascina e alucina de emoção

Nem o roçar da pele... Que contém a excitação

São os teus olhos... Teus serenos olhos

Que entraram... Lá no mais profundo do mundo

Eles que me dizem... Imploram e pedem famintos

Que eu posso ser melhor com você... Ao meu redor

Porque da paixão eu já provei. Gulosa eu degustei.

Em carne e momentos senti o gostinho e até gostei.

Em pele em tormento fui adornando movimentos

E sei! Que não é o real sentimento envolvente

Da ternura que desbrava e domina cativante

Esse teu amor... Tão real, vivo e presente

Que eu sinto num calor tão suave e quente

Que parece gritar na alma aqui deste poema

Ecoa um eco sofrido na busca de um ouvido

E segue tranqüilo a encontrar o seu destino

Quieto, manso, obediente aos improvisos

Nascido em si na fogueira destes versos

O fogo brando que incendeia o universo

E perene vai rasgando célere os horizontes

Ao sentir que todo problema e seu sistema

Trás alguma tristeza, incerteza ou dilema

Mas desvenda o enigma e o soluciona no ato de Amar...

Dueto: Theresa Russo & Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 10/05/2009
Código do texto: T1586163