Guerra Secreta

Feroz, esse gelar que sinto agora,
pensando no passado, o tempo ausente;
perdeu-se a vibração e a dor devora:
adiante a solidão já se pressente.
Só finjo que não sinto nada, embora,
me custe constatar o quanto é breve,
a paz da criatura enquanto chora.
Entendo que chorar não mais se deve.
Inferno que nos traz a despedida,
o tom, da desolada  paisagem,
perturba a minha alma combalida.
E os meus parcos neurônios não reagem,
nem mesmo se a esperança me convida
a ser mais otimista... Que bobagem!



nilzaazzi.blogspot.com.br