O meu amor

Um amor desigual
que apesar de tão igual,
tão banal, tão fatal,
tão “Nelson,” tão “Gil,”
trovadoresco e teatral,
tocou fundo as raízes
descorou os matizes
da aquarela vulgar.
Feriu a superfície
de um lago tão calmo
que escondia em seu leito
labirintos sem fim.
Revolveu profundezas
aflorou mil conflitos
despertou ansiedades
de impossível saciar.