Jaz à tua frente, algo estarrecido
Vítima da tristeza do passado
Sem som, sem vida, peito corrompido
Sem glória, sucumbido e transtornado

Nem sombra, nem suspiro, nada mais
Nem mesmo a presença dos demais
Tão frio, tão carente, tão vazio
E a luz, de brilho opaco e arredio

Lembrei-me de você, tal qual recordação
Daquelas travessuras, de dois apaixonados
Dos olhos, uma lágrima, precipitou-se ao chão
E nós, imersos nela, e separados

Se existe vida além da vida
Eu peço nunca te ver mais
Pois és sabor, vida sofrida
Estarrecido, algo à tua frente, nunca mais!
O Guardião
Enviado por O Guardião em 21/05/2006
Reeditado em 01/10/2009
Código do texto: T160018