Doce Fel Amargo Amor....
DOCE FEL, AMARGO AMOR...
Oh dores que consomem minha alma,
Que agridem e torturam minha carne,
Que destrói tudo aquilo que me acalma,
Que me consome e se espalha em toda parte,
Oh amarga arte que ensina mal amar,
Malditos homens que fazem do amor seu capital,
Doce o gosto do fel se põem a degustar,
Amargo sabor do amor que por uma vida terão de levar,
Oh doce fel que destorce me causa dissabor,
Sem saber por que e qual real é teu gosto,
Que massacra os sentimentos, me retira todo amor,
Condena-me a ser sozinho nas frias tardes de agosto,
Amargo amor por que me consome,
Se minha arte se difere daquilo que já disse,
Maldita a dor que me tornou um insone,
Exatamente como o poeta predisse,
E as mais de mil maneiras que tentei ser,
Foram se não para poder te agradar,
O amargor desse amor quero perder,
Mas o gosto do fel também quero apagar,
Que inferno é esse que escrevo por aqui,
Onde doce é o fel e amargo o amor,
Talvez seja a pintura do que acontece por ai,
Devido a um nobre sentimento que perdeu o seu valor,
Amargo ou doce não é esse meu temor,
Afinal se escrevo é por que vivo sentimentos,
Meu maior receio se chama dor,
A dor que destrói e vive em todos os momentos,
Dizer que a dor tem vida é hilário,
Mas nesses tempos tudo é possível,
Afinal o homem ama seu amargo salário,
É estranho como acha tão doce a palavra impossível,
Contraposições poderia dizer,
Amargo ou doce amor ou fel,
Ah besteira maior é tentar entender,
O que há de podre entre inferno e céu... Tiago Tadeu Xavier