Paradoxo
Eu choro porque sou triste.
E triste sou porque
você me perde pouco a pouco,
pranto a pranto,
sem perceber.
Me alegro e sorrio
ao contrassenso que é meu vazio
de ser só
em meio a muitos.
Da dor eu levo a alegria
de sua fugacidade.
Me atrevo a reviver
oh, saudade!,
cada dia ligeiro,
cada noite interminável.