SAUDADE
O Amor quando vem
Não pergunta a ninguém
Vai chegando
Se instalando
E aprontando
Enorme confusão
Não pergunta
Quem é
Ao menos
Pergunta o nome
Vai se alojando
No fundo,
Bem no fundo!
Do coração.
Chega despretencioso
Como quem não quer nada
Rompendo as madrugadas
Varrendo o alvorecer
Soprando devagarinho
Lindas canções
Afagando meu coração
Da enorme dor
Dor da distância
De não poder ter
Ao meu lado
O autor da inspiração
A distântia judia
E maltrata
Mas o que me mata
É pensar em te perder.