O poeta, a inspiração incontentadora e a alada imaginação
Olhe!
Com caneta, papel
e sua mente na mão!
quer fazer algo magnífico
sem precedentes,
mas só paira o vão, não finda
busca surgir um inspirado,
talvez até um Pessoa abafado!
"O que me dá o direito de ser poeta?
Hum, talvez...
Uma meia dúzia de palavras difíceis!"
Ele pensa...
Mas o que pede para poetizar
é sua essência!
Dê-a asas e talvez
no final de cortesia,
o seu branco papel,
torne-se uma poesia...
E veja agora!
Seu alado partiu ao céu,
a imaginação
E lá se vai o pequeno pássaro,
busca verbalizar a essência!
quer mais que simples palavras,
quer buscar inspirações!
Paira no alto e fita lá embaixo
seu objetivo,
a floresta das emoções
Como uma águia, mergulha pleno
mas ele não é águia
só um alado pequeno,
mas a sede assim o faz!
Olha as bucólicas frutas,
mas sua busca é una!
Sabe a fruta que quer se lambusar
E não se frustra, sabe em qual árvore!
Até pensa outra buscar
mas não, quer aquela, precisa!
Ou não é pássaro!
Ele fita o querido fruto
quer espalhar suas sementes
mas ele não viveu seu sabor,
foi só vontade de uma saudade...
sendo clemente, fica a comtemplar!
sabe que não se pode saborear, possuir
só sente seu ligeiro cheiro
E o pássaro retorna,
fez inspiração na essência!
e o papel, tornou-se poesia digna
Então certeiro, o agora poeta a amassou!
Incontenta-se com cheiro, quer sabor
mas só sabe o cheiro!
pois não viveu aquele amor