LUA DANADA

LUA DANADA

E, de repente todas as marés da lua

inundaram minha alma caída, nua...

Logo ela sempre tão linda e prateada

a soltar a palavra cheia, apaixonada.

Ah lua danada sentada no alto e nada viu?

Me diz, no cochicho das estrelas nada ouviu?

Me diz por favor, e aquela onda a se movimentar

em crescente agito às marés não te levou a desconfiar

da explosão inusitada entre aquelas almas enamoradas?

Descuidada! Mais atenção às conversas das madrugadas!

Cuida ao desaguar-se em chuva na luz que veste prata,

lembra? É cor de feitiço que ateia o fogo do amor ou mata.

Enfeitiçado, em chamas fiquei ao sentir minh´alma queimar-exitei!

Tive medo de perder o anjo aprisionado em meu coração.

Sobre o efeito do feitiço da verdade em ingrata madrugada

sob o olhar da lua uma revelação latente nos mata.

Das almas enamoradas restaram apenas

as cinzas que, iluminadas pela lua de prata,

foram carregas por cálidas brisas amargas

despedem-se: adeus! Austera lembrança de duas vidas...

Hoje ouço apenas um leve sussurro em inaudível respirar

de que novamente um dia possam as almas se reencontrar e,

como um Fênix renascido das cinzas, outrora levado por brisas,

o antigo amor possa ressuscitar para nunca mais os abandonar.

Eliane Martins @ Geovani K. Bazella.

GKB
Enviado por GKB em 24/05/2009
Código do texto: T1611269
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