COLANDO AS TARDES NO ESCURO

Ainda pré-formando rotas

extraindo da loucura, a razão

águas marcando grandes pedras

expostas a seculares ilusões.

A ele todo pensamento,

a ele todo fragmento.

A ilustração psicodélica

algo real de um sonho

talvez a última agrura bélica

de algo que não sei, suponho!

A vida toda almejado,

a vida toda buscado.

Não poderia comer

se antes não ofertasses a comida

não poderia beber

se antes não ofertasses a bebida.

Ao desejo toda dolência,

ao desejo toda dormência.

Por mais que antevisse o futuro

nunca saberia cortar o ar

colando as tardes, mesmo no escuro

eternizando cada capítulo do “amar”.

Ao amor todas as palavras

ao amor todas as sílabas...