* Equinócio *

Amordaçado pela vertigem de seu olhar tênue, fito-te e desnudo-te, despudorando seus temores. Suores absorvidos coabitam o mesmo espaço, num devaneio tresloucado; compassado pelo pulsar delirante dos entremeios das almas. E no abismo de teu corpo sangro, e percorro as suas amarras libertando-te. Na penumbra lunar, zombamos da razão, juntos, no equinócio de nossa consciência. Forjando nossos mundos, sou o alimento de seus desejos, até que a verdade encubra de vez toda nossa tresvaria.