Anjo, anjinho...

Vou pontilhar com estrelas reluzentes este espaço de chão que é teu caminho,

meu bebê, para que não te percas de mim

nem durante a mais profunda escuridão...

Elas serão como pontinhos luminosos

a te guiar de volta aos meus braços, sempre abertos,

sempre perto.

Quero-te livre do breu que cobre teus olhos...

Para guiar-te até meu colo, deixarei ladrilhos brilhantes na porta da tua casa,

como se com eles

pudesse pegar tuas mãos e deitar-te junto a mim

por minutos infinitos...

Tocar tua pele delicada com minhas mãos trêmulas,

parafraseando o ritmo de meu coração, desafinado por estar contigo,

sentir teu hálito quente e doce e tocar teus cabelos de nuvens.

Meu doce encanto-eterna perfeição de minha vida torta.

Não te deixarei perder, nunca;

Te beijarei com a violência mínima da longa espera,

e colocarei meu corpo junto ao teu, bem de leve,

para perpetuar a expectativa de sentir-te em mim

por segundos sem fim

com teus olhos de anjo me fitando...

Tua voz é minha poesia louca de todos os dias,

e me faz querer correr pra ti, amor solitário,

com um suspiro dolorido e interminável

de te amar tanto assim, e tanto mais que imaginava poder.

Joana Masen
Enviado por Joana Masen em 26/05/2009
Reeditado em 22/10/2009
Código do texto: T1615287
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