AMIGO DE MIM MESMO
Eu gostaria, mas felizmente não volto atrás.
Você magoou a minha alma apaixonada, não te amo mais.
Doeu dentro de mim matar aquele amor do passado.
Querendo ou não, sou obrigado a te deixar de lado.
Não vou me entregar desta vez aos caprichos do teu amor.
Não vou sentir a falta do teu corpo, do teu calor.
Eu vou reagir e agir com a razão sem ligar pro coração.
Vou enfrentar de peito aberto a fraqueza da minha paixão.
Os meus olhos já não tem lágrimas, não posso mais chorar.
Se eu quiser ser feliz eu tenho que a esse amor renegar.
Renego também os momentos felizes que eu tive contigo.
Vou respeitar mais meus sentimentos, ser meu amigo.
A ilusão acontece, mas eu cresci e aprendi a viver.
Eu posso até errar outra vez, mas não será com você.
E contemplando a beleza do céu, eu me sinto um homem livre.
À espera do verdadeiro amor que ainda não tive.
Manaus, 18 de março de 1993.
Marcos Antonio Costa da Silva