Poema inesperado

Quando o amor inunda a alma reflete

nas lágrimas vindas dos olhos

o desejo da felicidade plena.

Faço poemas que traduzem dores

e alegrias no contexto da realidade em que vivo.

Sou poeta das letras quase perfeitas

que se unem ao falar de você e do

amor que perambula insone por minha vida.

Refaço a escrita como se quisesse

mudar o verbo ou a concordância do

que já foi presente e hoje é passado.

Sou assim mesmo...

Escrevo agora de improviso na rapidez

com que digito nessa tela e devoro

a necessidade como a fome ou a

sede que precisam ser saciadas.

E as palavras surgem inesperadas e doces.

E, como disse um amigo, parece pingarem

da alma em versos barrocos.

Meus versos são brancos vindos

da alma poética e colorida que possuo.

Não posso controlar a profusão

que explode em mim feito raios de tempestade.

Não contenho emoções dentro de um

coração aflito e apaixonado que toca

notas dissonantes feito o canto inebriante

das cigarras ocultas no silêncio das árvores.

Sentindo a poesia em tudo o que a alma

toca ou alcança percebo sua

presença envolta em neblina

suave e cálida.

Aquieto-me na certeza que hoje tenho

e nada altera o curso que o meu

coração acompanha, ficando

à margem do seu.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 30/05/2009
Código do texto: T1622923
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