Caminhos do coração

Percorre estrada

De uma só mão

Esta viagem longa

Em disparada, o coração.

A translúcida chama acesa,

No corpo e n´alma,

Intimerata imagem de beleza

Por esta estrada

Iluminada de estrelas.

O tempo todo

Contigo no meu coração

Desperto já fogo

Quase ainda madrugada

Ao primeiro sol

Ainda brando brilhando

Por sobre as folhas

Flavas dos jacarandás

Por entre as flores

Fragranciosas dos arvoredos.

Distantes das pessoas incompletas,

Incipientes e repletas de medo

Da inveja e do nó dos amores,

Que em tudo que é ser sempre há

Até nos animais de mata adentro

E nas sementes que vão ao vento

E que os homens teimam em suplantar

( dissimulando entre os dedos das mãos).

É estrada de uma restrita via

Luas da noite

Luzes do dia

Sementes esparramadas pelo chão

Das mentes frias

E quase um pouco tarde, sábias.

Todavia, por hora, ocas.

E, nos céus de tantas bocas,

Uma aguçante sede

De todo cálice,

Que umedece todos os poros,

Os olhos e derrete as lágrimas

E esborroa as palavras

Retidas a uma légua da garganta

Ladeada por um mar de choro.

Dentre quatro paredes

Que ponto-a-ponto

completam o mundo.

É estrada de ímpar entrada

E de indevassável saída

O dom da vida.

Esta graça eterna por existir

Vontade de vencer os obstáculos

Ansiedade de aplaudir todo espetáculo

Que nitidamente existe em ti

Aspiração de explodir os grandes ideais

Anseios de me dispersar do físico

Para sereno passear por caminhos

Ser contigo o que sem ti serei jamais.

Sentir-me-ei imensamente mais feliz

Quando sanares, contudo,

Todas as tuas dúvidas

Sobre o meu amor por ti;

Prometo, sobretudo:

Empenhar-me-ei absoluto

Para nossa vida no ápice.

Cid Rodrigues Rubelita
Enviado por Cid Rodrigues Rubelita em 25/05/2006
Código do texto: T162616