Mais um poema de amor
Quando a lua subir na imensidão
recosta-te em meu ombro, mãe,
e deixe que eu afague teu rosto cansado
do labor de tantos dias.
Tornar-me-ei teu sossego,
como outrora me acolhera em teu seio
no anseio de tornar-te meu abrigo.
Ainda distante,
conservo-me perto.
Teço uma prece
por gratidão ao que me deste
nos tropeços meus
que, por vezes, levaram-te ao pranto.
Perdoa-me o desalinho
e espere mais que afeição
no momento de prover –te,
por mim mesma,
de pão.