O Anoitecer e o Amanhecer...!

O anoitecer e o Amanhecer!

São quase seis horas...,

As brancas nuvens

Já não existem mais,

O sol se agoniza rubro...,

Para se fazer todo poente!

Uma brisa gostosa

Esbarra no meu rosto...,

As gaivotas grasnam...,

E as estrelas aos poucos

Vão se acendendo!

A luz deita no firmamento

E a tarde tem o seu fim...,

Nas raízes da noite,

No colo do noturno

Vou fazendo o meu poema!

Estou maravilhado...,

E sei, pois são tantas e.

Tantas coisas lindas,

Que nem sei descreve-las;

Estou quase calado...,

E sei que poucas,

Poucas coisas são irreais!

Nunca poderão estragar

À noite de amores,

A nossa noite;

Caminho diretamente

Ao horizonte escuro...,

Do negro translúcido

Nada vejo e nada encontro...,

Neste momento dou passos curtos,

Com as mãos sorrateiras

E os pés ligeiros...,

Paro diante de uma luz:

A luz dos olhos seus,

Na luz dos olhos meus!

Nossos olhos fixos

Encontram-se a sós...!

E agora falam de amor!

Porque vejo na sua imagem,

Diante de uma lua cheia...,

Um imenso mar de cristal,

Que os reflexos impõem,

No espelho das águas!

Nossos corpos se encontraram,

Por isso o fogo no peito

No meu coração veio declarar

E pulsar galopantemente!

Beliscando a minha alma...,

Falo a todos que passam;

Que eu a amo!

E digo a ela:

“O que o Amor diz!”.

Entre seres, entre todos;

Você e eu, os escolhidos!

Uma para o outro...,

Por isso, nisto o compromisso;

Acontece, amar você!

Em sede de carícias,

O que você quase não quis...,

Eu querendo o meu querer

Sentir de perto você...!

Na magnitude hoje e sempre,

Dar os meus gritos de amor,

Um brado todo contente.

Os arrepios doces na mente,

Sonhos claramente sentidos

Aditivos muitas vezes,

Muitas vezes acordado...,

O meu coração quase explode...!

A cada vez que paro no olhar,

Que ouço a sua voz;

No timbre das palavras,

Que ventam suavemente

Para mim e para o meu beijo!

De quando em quando

Enquanto por quantos?

Os meus olhos nos seus...,

Em nossos olhares...,

Nos rápidos segundos,

Outros beijos já trocam!

Com as pernas trêmulas,

Insaciáveis e bêbadas...,

Com o sangue quente,

Derretendo você

Nas minhas veias,

Até chegarem ao coração!

Com os olhos semicerrados,

Jorrando como fonte límpida

Pequenas gotas de lágrimas,

Purificam todo meu ser!

Nossas almas em festa,

Felizes e mais que felizes...,

Como que de repente

No beijo que se acaba,

Com o suspiro de mel!

Seguem-se sorrisos

Sorrisos desenfreados...,

Espalham as nossas alegrias!

Coração com o coração,

Noite madrugada adentro,

Antes sem você frias...,

Apenas nevoeiros e escuridão!

Neste momento, neste instante:

Eu digo que lhe amo!

E como uma tocha,

Você se acende!

E em meus gestos,

Escrevo o meu amor!

Digo que lhe amo,

E nestas palavras

Selo os meus segredos...,

Manifesto o meu calor,

Mesmo quase calado,

Impulsionando em suas linhas,

Paro numa breve virgula,

Para outra vez olhar você...!

Sem falar nada!

A acelerar o meu coração,

Como forte luar

Que atravessa as nuvens

E paira na luz do mar...!

Carinhosamente nas águas;

E eu num veleiro

Com velas coloridas,

Navego nos seus sonhos

Deslizando pelo seu corpo!

Movimento o seu mundo

Desbravando as suas ondas

E os seus mistérios...!

Cada qual no seu tempo...,

Vou pulando os muros,

Da vizinhança à mercê

Dum chamado seu...!

Cantarolando versos meus,

Até que você me chame!

Vou revirando cortinas,

Do quarto em meu ninho!

Penetrando-o simplesmente,

Como quem nada quer

E tudo pode fazer...!

Num reflexo de pensamento,

Fixo-me num momento,

Deixando acontecer...,

Todo o nosso amor...!

O calor do vento,

Vai clareando o espaço

O espaço da janela,

Esbarrando nos seus cabelos,

Vai exalando o seu perfume,

No suor do seu esplendor!

Vai relampejando flores

Na aurora preguiçosa...,

Transformando tudo,

Quando agora e quase tarde,

Vem chegando a hora...!

Nos agarramos num abraço,

Como um só ser!

É tempo de ir-se embora!

Nas frouxas luzes do amanhecer,

Na manhã criança que nasce,

Rompendo já o novo dia...,

No crepúsculo azulado,

Os pássaros acordam

E do negro sobressaem...,

Lindos campos de anil!

Vou caminhar e pensar:

“Num reino de luz”

O amor iluminado

É adormecido e escondido,

Entre uma aliança e outra

O dia e a noite se unem...!

Entre as luzes e as trevas,

Tudo vai num compasso

Tranqüilo e calmo,

Como o romper do sol

No além do horizonte

E da noite no amanhecer,

Diante da nossa fronte!

Da lua no mar:

Numa lição eterna,

De pureza e de amor!

Quando acordo você se deita,

E quando me deito

Você se acorda!

Num segundo de encontro

Magia e condecoração,

Na águia de dia voando...,

E no lobo à noite caçando!

Como amanhecer e o anoitecer,

E não há nada para se explicar...,

Somente nos amaremos,

Como seres livres.

Filhos de Deus!

EloyCostaFilho
Enviado por EloyCostaFilho em 10/06/2009
Código do texto: T1641043
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