À Doce Professora!

Do outro lado da aquática rua

Vive uma estrelinha que nasce na lua

E se põe nas alianças de saturno

De onde me traz um dia noturno

Ah! De que importam essas dores

Diz ela, se escolho não doer...

O que valem são os Amores

E o que menos tem valor é não viver...

Que sistemas significam a não ser o Solar?

Que obra será recomeçada se nunca acabar?

Que Mente descobrirá a verdade, se não for inquieta?

Até onde o chão nos levará se não for de bicicleta?

E se as panelas escolherem o que cozinharão

Quem se alimentará, nós, elas ou o fogão?

E se as velas se negarem aos ventos

Como tirar o barco da rota dos tormentos?

Não, Estrelinha transparente das montanhas

Que dizes beber das águas frescas da selva

Inadiavelmente nas do fim da noite entranhas

Os Índios é que te Amam porque da relva

Dos parques, entre cisnes e patos, nos ensinas

Deitada no banco baldio, que vale a pena Viver.

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 10/06/2009
Reeditado em 10/06/2009
Código do texto: T1642454
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