CONVITE AO AMOR!

Vivo de palavras mal traçadas em árvores caídas

Palavras docemente singelas poeticamente me enlaçam

Releio sempre até que meus olhos umedeçam minha face

Tão ruim viver sem ter a lã poética que tece

A peça que me aquece do frio maldoso do mundo

Quão profundo se estabelece em mim

A vontade de ouvir a harpa de um querubim

E que diante do brilho dos meus olhos

Envolva-me, ele, de galhos frondosos e flores

E que assim se faça meu lençol!

Afugentando o frio maldoso de que outrora falava

E que, apenas, deixe-me dormir

A sentir o cheiro de um jardim viçoso

Perfumando o sonho em que vejo teu rosto formoso...

Ah, amado que meus sonhos visita!

Arme-se do meu olhar e traga de volta a esperança perdida!

Semei em meu coração árvores das mais lindas!

Germine a poesia em minha vida, amado

E acompanhe comigo esse florescer!

“abundanctia enim cordis os loquitur.”