De Flor em Flor...Dor e Amor

Nunca consegui compreender

Se os cemitérios guardam morte

Se são condomínio dos sem-sorte

Que perdem a corrida do viver

Ou se a estação onde se embarcará

Na “decomposição” que nos levará

Através das minúsculas vidas-feras

A outros destinos e novas quimeras

Eu, na verdade, nem me importo

Em saber o que são os campos-santos

Porque todos os dias eu me solto

E viajo pelos do universo cantos

Em busca de algumas mudas de flores

Diferentes das dos vasos deste lugar

Porque aqui as mesmas das vivas dores

São oferecidas mortas aos nossos Amores.

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 13/06/2009
Reeditado em 13/06/2009
Código do texto: T1647468
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