Esperando Maria

Eu sinto ciúmes do espaço que ocupas

E nos vazios que deixas eu sinto saudades

Meu coração manca sem ti na garupa

Os olhos fraquejam sem tua claridade

Meus pés não caminham de necessidade

Não falo, só grito baixinho a tua ausência

Meu olfato gela sem a tua essência

Meu mundo é mentira sem a tua verdade

O sangue não corre. Nas veias comportas

Se fecham e a vida vira impotencial

O lago tranborda, não vence o “ladrão”

A barragem estoura, racha o coração.

Então, sinto ciúmes das horas que passam

No passo do mundo dos nova-iorquinos

Que as minhas são longas e só me desgraçam

São velhas Senhoras seguindo os meninos.

E enquanto não ouço o carrilhão de sinos

E nem rio as notas dos dois mil violinos

Na hora de festa da tua chegada

Sentado no tempo, eu miro pra estrada...

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 16/06/2009
Reeditado em 17/10/2015
Código do texto: T1651060
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