Galo
Engana-se quem pensou naquela ave cantante
esse poema quer falar de certo homem apaixonante.
Solto em seu viver vibra com fervor a nova partida,
disputa ponto a ponto assistido por especial torcida.
Diferentes campos. Diferentes cenários. Um homem!
Multifacetário na busca do melhor viver, seu olhar vai além:
prateia a lua, ilumina a estrela, empina o raio solar majestoso
é luz... Fonte de pura energia a soltar a voz do galo glorioso.
É bem ali no canto do galo que o rio verte singular paixão,
encharca toda a gente que de repente se derrame em emoção
num grito irreverente e espetacular a encarar a bola da vez,
explícito jogo onde determinado adversário: o outro, é freguês.
Preto e branco tingem forte o seu manto sagrado, não há outra cor!
Como também, para a tristeza desse poema, não há outro amor...
Os versos choram, a rima enamorada se perde em belo horizonte
confusa, aquieta seu coração ao ouvir o canto do galo na fonte.