Da vida e do amor

A semente pequenina de tanto almejar o céu

Cresceu e se tornou uma magnífica árvore

Depois se entristeceu ao descobrir que nunca alcançaria

O céu almejado.

A mesma semente pequenina,

Que virou uma árvore magnífica voltou a ter gosto da vida

Quando descobriu que não importava alcançar o céu,

Que ele não se alcança,

Mas o maior bem se encontra no caminho percorrido

Então ela olhou para si e notou pela primeira vez

O quanto era linda!

E aquela solitária corrente aquática?

Que brota do escuro da terra e sai à procura da luz, da liberdade,

Para depois finalmente buscar o seu lar e o seu fim.

Ah! Não existe nada mais livre do que as águas de um rio

Que se jogam feito criança na segurança do mar

Para depois descobrir que não existe nenhum lar

Tão pouco um fim

E se sentir apenas uma solitária corrente aquática.

Porém, ao olhar para si e notar o quanto se expandiu

Ao notar a quantidade de vidas que existia em sua vida

Aquela eterna corrente aquática percebeu que nunca esteve só.

Eu nunca estive só, percebo agora, pois a tua idéia sempre existiu

E hoje eu já não busco alcançar o céu que não se alcança

Nem procuro desesperadamente uma paz e um fim no que pareça um lar

Apenas continuo. Ainda há muito prá percorrer.

E o céu eu toco todos os dias quando te beijo

E a paz, a minha segurança, eu tenho sempre que me envolvo

Em teus abraços,

É quando mais percebo que infinitamente te amo,

Que te amo demais!

Maurício Ravel
Enviado por Maurício Ravel em 18/06/2009
Reeditado em 18/06/2009
Código do texto: T1654504
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