Tu És

De ações a deriva uma bela metáfora

Sem tempos ou escalão

Charada em forma intrigada

Sem espaço ou entrelinhas

És em mim formosa melodia

Que por sonetos e falácias és composta

Tu que girastes a roda

Tocar-me-ia com desdém

Que de desesjos se fez segredo

Por não conseguir ler sua própria linguagem

Olhar refletindo memórias

És o vento que me toca

E logo após de mim se afastas

Assemelha-se a eterna saudade

A divina e única noite

E o sol que a ela destrói

É a voz que não me deixas só

O fogo que queima em mim como a noite fira

E a pergunta que nunca ei de responder