Necessidade
Não se chateie com meu romantismo
Não o tenho sufocante
Como o dos namorados de maio
Nem utópico
Como o dos estudantes.
Só o trago tímido e reservado
nas palavras, na voz, no olhar
Porque o pendor que se revela pouco à pouco
Traz em si mais puro gozo de descoberta
Do que a paixão desenfreada
Que os olhos sedentos gritam ao olhar faminto.
Antes meu amor sussurra
E ao que desfalece de sede:
Verte água de gota em gota
E ao que morre de fome:
Alimenta com migalhas
Mas... Ao final... Todos serão saciados
(Eu inclusive...)