À MARGEM DOS TEUS LAGOS
Quando me debrucei
À beira dos teus eus,
À margem dos teus lagos
De ternura,
Vi-te nua, em noite,
A saudar a lua,
Soletrando em brandura
Os versos meus.
Em teus galhos
Meus pássaros pousei.
Na loucura
E no afã da liberdade,
Cantaram livres,
Absortos, com doçura.
Sem mentira, sem dor,
Em verdade.