Ciúmes do latim zelume, versos conotativos.

Sentimos dor pela necessidade, exigência nossa do ser amado.

Queremos possuí-lo, somos tomados por egoísmo.

Abatidos, aturdidos por esquizofrênicas suspeitamos de infidelidade, afogamos nosso sentimento em mar revolto de angústia.

Emulados nos forçamos a competir, instigar o outro.

Provocamos, inquirimos e o violentamos.

Invejamos ainda suas qualidades, qualidades essas que nos atraem, prendem nosso querer.

Somos então revelados ao medo, receio de sufocar, constranger nosso amor por agressões e formas errôneas de manifestarmos nossa vontade, carinho.

Medo de perder nosso amor.

Suplico que meu ciúmes denote zelo, cuidado, pois quem ama cativa.

Aquele que ama cuida, e pede cuidados.

Cuidarei, se me permitires de nosso ardor.

Expressarei em beijos autofágicos de lábios mordidos, nas mãos que comprimem seu corpo, na lascividade de olhares e no desejo de seu satisfação a forma de ciúmes que imagino: reter por toda minha vida tua voluntária companhia.

Vinícius Vanir Venturini
Enviado por Vinícius Vanir Venturini em 30/06/2009
Reeditado em 20/06/2016
Código do texto: T1674354
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