Ciúmes do latim zelume, versos conotativos.
Sentimos dor pela necessidade, exigência nossa do ser amado.
Queremos possuí-lo, somos tomados por egoísmo.
Abatidos, aturdidos por esquizofrênicas suspeitamos de infidelidade, afogamos nosso sentimento em mar revolto de angústia.
Emulados nos forçamos a competir, instigar o outro.
Provocamos, inquirimos e o violentamos.
Invejamos ainda suas qualidades, qualidades essas que nos atraem, prendem nosso querer.
Somos então revelados ao medo, receio de sufocar, constranger nosso amor por agressões e formas errôneas de manifestarmos nossa vontade, carinho.
Medo de perder nosso amor.
Suplico que meu ciúmes denote zelo, cuidado, pois quem ama cativa.
Aquele que ama cuida, e pede cuidados.
Cuidarei, se me permitires de nosso ardor.
Expressarei em beijos autofágicos de lábios mordidos, nas mãos que comprimem seu corpo, na lascividade de olhares e no desejo de seu satisfação a forma de ciúmes que imagino: reter por toda minha vida tua voluntária companhia.