NEM FLOR NEM ESPINHO

Não tenho a sua suavidade.
Sou áspera, e por excelência, também sensível.
Tenho várias faces, voltadas para o mesmo sol,
embora não suporte aquele arrebol...
mas quando amo, sou resistente e invencível.

Sofro o pranto, não desperdiço minhas lágrimas.
O meu perfume é diferente a cada manhã.
Murcho lentamente, sentindo sua indiferença,
cultivo espinhos, como prêmio ou recompensa,
meu calor é frio mesmo sobre intensa lã...



MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 30/06/2009
Reeditado em 21/07/2013
Código do texto: T1675103
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