A E R O P O R T O

Um barulho ensurdecedor cortou a paz naquele momento.

Era um avião que alçava vôo para mais uma missão.

Você distante de mim, mas eram teus os meus pensamentos.

Como é só teu o meu amor, o meu coração.

O vento agitou os meus cabelos, aumentando a sensação de paz.

Olhando o céu eu lembrei de um grande amor outrora vivido.

E sei que amor igual não existirá jamais.

Embora por amor e gente só tenha sofrido.

Um avião chegando, uma chuva fina se faz presente.

A beleza do aeroporto aumenta e eu me sinto um pouco triste.

A realidade me mostra que tú estáis ausente.

E hoje, aquele imenso amor, já não existe.

Tem tanta gente à minha volta, mas a solidão é absoluta.

Uma lágrima veio rolando em meu rosto, e eu chorei.

Tentei gritar em vão o teu nome, mas tú já não me escuta.

Tú faz parte de um passado onde eu tanto te amei.

Aqui no aeroporto eu venho lembrar de você e da felicidade.

Mas a realidade me faz ver que eu te fiz sofrer, e sofri.

Vou sair do aeroporto levando no peito, mais saudade.

E vou morrer mil vezes, toda vez que lembrar que eu te perdi.

Manaus, 28 de agosto de 1992.

Marcos Antonio Costa da Silva