Liberdade da carne
Nascemos livres sob o breu e a claridade.
Crescemos livres, inocentes e sem maldades.
Jovens que sonham, buscam e acreditam,
No amor, na rebeldia, na verdade.
Amanhecemos adultos, conquistamos mais que liberdade temos asas, autonomia, princípios e vaidades.
Pronto, eis o nosso desatino,
ao conquistarmos tudo, quero apenas dividi-lo.
Ai buscamos o amor, de alma e de carne.
Que loucura ao encontrarmos!
Tocamos as vestias da felicidade.
Mas ai procuramos, onde está a liberdade?
Perdeu-se no leito dos amantes,
Nos peitos arfantes,
Entre sussurros e disparates.
Não queremos mais a tal liberdade,
Desejamos a igualdade.
Ansiosamente sucumbimos à carne.